quarta-feira, 17 de junho de 2009

SÃO PAULO E A MISSÃO

Sempre gostei muito de S. Paulo. A vida dele antes e depois da conversão sempre me tocaram muito. Quero conhecê-lo melhor, partilhar as minhas meditações e vivências e também as opiniões ou vivências que quiserem partilhar comigo!
Domingo, 17 de junho de 2009
S. PAULO E A MISSÃO – a pregação do Evangelho rasga corações
S. Paulo, no seu tempo, percorre estradas e caminhos, entra em casas e desbrava veredas, não poupa esforços na distribuição de inúmeros e muito variados instrumentos “cortantes” – os ensinamentos provenientes da verdadeira Lei do Amor, a vontade de Deus, presente no mundo pela Palavra, Vida e Obras de Seu Filho Jesus Cristo, que o Apóstolo, por ELE chamado à missão de evangelizar, tão bem apresenta com as suas sábias, eloquentes e humildes palavras faladas e escritas, e sobretudo com a sublime nobreza da sua vida.


Os homens e mulheres que com ele privam, perante a convicção de tal comportamento, submetem as suas vidas aos ensinamentos da sua pregação, “rasgando” os seus próprios corações para deles retirar tudo quando os separe do ‘Verdadeiro Amor a Deus e aos Irmãos’, de tudo quanto os impeça de levar uma vida de íntima comunhão com Jesus Cristo, em Jesus Cristo, por Jesus CristSo e para Jesus Cristo.


Mais do que nunca no desenrolar da histrSia, os cristãos convictos e verdadeiramente empenhados no anúncio de Jesus Cristo têm necessidade de uma procura constante do comportamento de S. Paulo para dar resposta às necessidades do mundo que os rodeia.
A procura de milagres dos judeus e a procura de sabedoria dos gregos, perguntas que ecoam no tempo de Paulo, ecoam também no nosso tempo e bem dentro de cada um de nós. Quer admitamos ou não, cada um de nós vai procurando, a par e passo, a sabedoria da procura de Cristo e o milagre do encontro cada vez mais forte e coeso com ELE.


Contudo, quando, no meio de comunidades ditas cristãs, se fala em evangelização ou missão de evangelizar, a primeira ideia que surge é de que se está a falar de uma ida até às pessoas que, pelas mais variadas razões, nunca ouviram falar de Jesus Cristo. No entanto, nos nossos dias, a fome de Jesus Cristo não se limita só a quem nunca ouviu falar DELE, pois também os que se dizem cristãos e não O conhecem verdadeiramente, embora não o queiram admitir na sua grande e esmagadora maioria, têm uma enorme fome e sede de Jesus Cristo.


Há várias fomes de Jesus Cristo e há várias formas de dar a conhecer Jesus Cristo, a evangelização tem um âmbito muito abrangente, alargado e preciso.
A Evangelização, que até há bem pouco tempo era tarefa dos “Missionários” instituídos sacramentalmente pela Igreja para o efeito, com a realização do Concílio Vaticano II acabou por deixar de ser assim tão restrita


Com o Vaticano II e com falta de ministros ordenados, os presbíteros ou sacerdotes, a Igreja dá a conhecer a todos os cristãos que os verdadeiros missionários não são apenas os indigitados para tal, nem a verdadeira missionação se restringe à partida para terras consideradas de missão.
Missionários são todos os seres humanos cujo baptismo fez nascer cristãos, que pelo facto de serem cristãos, são, indiscriminadamente, membros actuantes da Igreja, Corpo Místico de Cristo de quem são parte integrante, e são missionários verdadeiros na medida em que têm a missão de implantar uma vida em Jesus Cristo nos ambientes onde estiverem inseridos – e essa, para eles, é a verdadeira evangelização.


Ao longo dos tempos, um sem número de aprendizagens e vivências conduzidas de forma pouco clara levou a que muitas, se não a grande maioria das comunidades ditas cristãs, sejam ainda formadas, quase no seu todo, por pessoas cuja vivência cristã se restringe ao facto de terem sido baptizados quando bebés conforme desejos dos pais, avós ou outros familiares mais directos, mas a quem não foi incutida mais nenhuma necessidade de aprendizagem ou vivência cristã.


Neste contexto, o verdadeiro trabalho de evangelização de qualquer cristão é, antes de mais, a evangelização de si mesmo, a partir de um encontro verdadeiro com Jesus Cristo, feito de qualquer forma e em qualquer situação, situação e forma que só esse cristão e Deus conhecem verdadeiramente.


O encontro amoroso do ser humano com Deus leva-o a sair de si e a procurar evangelizar-se a si mesmo através de um estudo cada vez mais aprofundado da Palavra de Deus expressa na Bíblia e Tradição da Igreja, e da conquista de um amor cada vez mais universal, humano e cristão.

A partir destas realidades vividas e sentidas, o cristão busca constantemente o conhecimento da vontade de Deus a seu respeito. E então, no desejo de que outros cristãos se encontrem consigo mesmos, com Jesus e com os irmãos, tal como aconteceu com ele, o cristão procura provocar o encontro de Deus com os homens e dos homens com Deus. esta é a verdade, nua e crua.

Este comportamento do homem é o verdadeiro apostolado, aquele apostolado que provém de um coração rasgado e leva a rasgar qualquer coração.

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