sábado, 5 de dezembro de 2009

ZELAYA PERDEU A ESPERANÇA DE GOVERNAR HONDURAS


Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 4/12/2009 18:31
Zelaya pede que EUA e América Latina não reconheçam eleições
REUTERS


TEGUCIGALPA (Reuters) - O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, pediu nesta sexta-feira aos governos da América Latina e dos Estados Unidos que não reconheçam a eleição presidencial de domingo passado em seu país por ter sido organizada por um governo golpista.


Abrigado desde setembro na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, Zelaya enviou carta aos demais governantes das Américas, inclusive o norte-americano Barack Obama, reiterando seu rechaço ao pleito vencido pelo latifundiário conservador Porfirio Lobo.


Estados Unidos, Colômbia, Peru, Panamá e Costa Rica reconheceram a validade da eleição. Já o Brasil, a Argentina e a Venezuela, entre outros, consideraram o processo eleitoral ilegítimo.


"Senhores presidentes, agradeço seu apoio por resgatar a vigência da democracia hondurenha e de igual maneira ratifico meu enérgico apelo aos governos que se pronunciaram em apoio às manobras para limpar o golpe de Estado, dando aval a um processo eleitoral espúrio", escreveu Zelaya.


O presidente foi deposto em 28 de junho por militares depois de irritar as elites do país por causa de sua aproximação com o governo da Venezuela e de suas tentativas de reformar a Constituição e disputar um novo mandato.


Na quarta-feira, ele perdeu a última esperança de voltar ao poder, em uma votação do Congresso que era parte de um acordo mediado pelos EUA e pela Organização dos Estados Americanos (OEA).
Na carta, Zelaya voltou a criticar a decisão do Congresso por ter barrado sua restituição, que mantém o país em uma crise política que divide a população.


A comunidade internacional condenou o golpe de Honduras, muitos países retiraram seus embaixadores e organismos multilaterais suspenderam sua ajuda financeira ao país para pressionar pela volta de Zelaya ao poder.
O reconhecimento internacional a Lobo é essencial para que seja retomada a ajuda financeira, que cobre grande parte dos gastos sociais do país, um dos três mais pobres das Américas.

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