quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

NOSSAS CICATRIZES

Nossas Cicatrizes



Há alguns anos atrás, em um dia quente de verão, um pequeno menino decidiu ir nadar no lago que havia atrás de sua casa. Na pressa de mergulhar na água fresca, foi correndo e deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa, voou para a água, não percebendo que enquanto nadava para o meio do lago, um jacaré estava deixando a margem e entrando na água.



Sua mãe, em casa, olhava pela janela enquanto os dois estavam cada vez mais perto um do outro. Com medo absoluto, correu para o lago, gritando para seu filho o mais alto quanto conseguia. Ouvindo sua voz, o pequeno se alarmou, deu um giro e começou a nadar de volta ao encontro sua mãe. Mas era tarde. Assim que a alcançou, o jacaré também o alcançou.



A mãe agarrou seu menino pelos braços enquanto o jacaré agarrou seus pés. Começou um cabo-de-guerra incrível entre os dois. O jacaré era muito mais forte do que a mãe, mas a mãe amava por demais seu filho para deixa-lo ir.



Um fazendeiro que passava por perto, ouvindo os gritos, pegou uma arma e disparou contra o jacaré. De forma impressionante, após semanas no hospital, o pequeno menino sobreviveu. Seus pés extremamente machucados pelo ataque do animal, e, em seus braços, os riscos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas no esforço de arrancar seu filho dos dentes do jacaré.



Um repórter de jornal que entrevistou o menino após o trauma, perguntou-lhe se podia mostrar suas cicatrizes. O menino levantou seus pés. E então, com óbvio orgulho, disse ao repórter - Mas olhe em meus braços. Eu tenho grandes cicatrizes em meus braços também. Eu as tenho porque minha mãe não me deixou ir.



Você e eu podemos nos identificar com esse pequeno menino. Nós também temos muitas cicatrizes. Não, não a de um jacaré, ou qualquer coisa assim tão dramática. Mas as cicatrizes de um passado doloroso, algumas daquelas cicatrizes são feias e que até hoje podem causar profunda dor.



Mas, algumas feridas, meu amigo, são porque DEUS se recusou a nos deixar ir.



E enquanto você se esforçava, Ele estava lhe segurando. Pode ser que Deus esteja cravando suas unhas em ti, mas lembre-se do jacaré.



Lembre-se também, Daquele que mesmo em meio a tantas lutas não desistiu de você e nunca vai te abandonar e que certamente vai fazer o que for necessário para não te perder, ainda que para isso seja preciso deixar-lhe cicatrizes.



Cicatrizes? Eu as tenho aos montes. As cicatrizes do passado fazem-nos recordar do tempo em que descíamos o poço. Quanto mais descíamos, mais queríamos descer para conhecermos mais trevas.



Estávamos sendo puxados para baixo. Todavia, antes que se partisse o fio de prata uma luz brilhou na entrada do poço profundo e fomos puxados com mão forte para o Reino da Luz.

Nenhum comentário :