quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

COMO A EMOÇÃO INFLUENCIA O PROCESSO DECISÓRIO
Quando tomamos uma decisão, geralmente o fazemos com muita emoção e pouca razão. Quanto mais colocarmos emoção, dissociada da razão, maior será a chance de uma má decisão. Reação diante do fracasso e do sucesso. Aprendemos que para tomar decisão temos que basearmos na razão.
Mas a arte da convivência exige muita sutileza. Observação e, sobretudo, tempo para decidir. A culpa e o arrependimento, que aparecem após as decisões fracassadas, não são fruto do insucesso dessas decisões, mas da imaturidade e impulsividade da pessoa responsável ou da inadequação do momento em que a decisão foi tomada e executada. Quando estamos devidamente preparados para decidir, precisamos considerar, também, a possibilidade de insucesso. Não que queiramos o fracasso, mas temos que ter consciência dos fatores adversos que podem contribuir para um resultado indesejado. Qual a diferença entre decisão de um perdedor e a de um ganhador?
O perdedor age de duas formas aparentemente opostas, mas igualmente improdutivas. Não se toma uma decisão agindo como a criança que existe no nosso interior, impondo uma decisão baseada somente em seus caprichos pessoais. Agente se prepara tanto, aponto de não admitir o insucesso. Em ambos os casos, quando fracassa, não tem preparo para recuperar ou fica com medo de tomar outra qualquer decisão, temendo outro fracasso. Ao contrario, quando estamos consciente do que queremos, uma perda ou um fracasso passam a ser encarados como acontecimentos naturais. Lutamos pelo objetivo idealizado, aprendemos com os tropeços do percurso. Jamais alguém foi bem sucedido em todas as suas realizações. Todos nós temos uma criança guardada dentro de nós. Ela só quer aquilo que gosta, não levando em conta o que pode e o que deve. Seu alvo é o prazer de viver, como acontece com todas as crianças do mundo. A criança que cada um carrega em si é a mesma que, um dia, foi vivida pela pessoa. Ela se mantém acesa por toda a nossa vida.
É triste, insegura e raivosa quando a vida se apresenta uma névoa. Não podemos permitir que essa criança interior predomine sobre a face adulta, que também possuímos. Essa face age cautelosamente, sem ansiedade e estresse, mas sempre movida pela convivência, pela realidade, avaliando os prós e os contras das decisões. O dever fazer e poder fazer constroem, em nossas cabeças, uma espécie de diálogo interno. Em geral eles são o eco das vozes das mesmas pessoas e instituições que nos educaram. Em nossas cabeças continuam os valores, fé, que nos foram transmitidos pela educação que recebemos, no lar, na escola, na
Igreja e na sociedade. É assim que deve fazer. Nessa expressão, pode existir preconceitos ou paradigmas obsoletos ultrapassados. No poder fazer, às vezes nos sentimos capacitados, mas proibidos pela educação castradora que receberam os nossos líderes. É como se fossem duas vozes, uma diz que você pode fazer, porém é proibido fazer e a outra diz: Você tem que fazer porque você pode fazer.

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