QUARTA-FEIRA, 1 DE OUTUBRO DE 2014
LAVA JOTO: Zavascki aprova acordo de delação, e Costa vai cumprir prisão em casa
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa obteve nesta terça-feira (30) o benefício da prisão domiciliar e deixará nesta quarta (1º) a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso.
Costa deverá ser levado no início da tarde desta quarta para o Rio de Janeiro – a Polícia Federal já reservou um avião para transportá-lo até o aeroporto do Galeão. Ele permanecerá preso em casa até que seja julgado. Nesse período, usará uma tornozeleira eletrônica, para que possa ser monitorado.
A liberação de Costa é resultado da aprovação, pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), do acordo de delação premiada pelo qual o ex-diretor contou a policiais federais e procuradores da República detalhes sobre um suposto esquema de corrupção na Petrobras e apontou os envolvidos.
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Depois de homologar o acordo, Zavascki transferiu para a Justiça Federal do Paraná a decisão sobre a prisão domiciliar de Costa, que o juiz Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato, concedeu.
Agora, as confissões do ex-diretor da Petrobras ficam formalizadas na Justiça. Segundo a homologação feita pelo ministro Zavascki, há a confirmação oficial de um possível envolvimento de várias autoridades com foro privilegiado, inclusive parlamentares federais, citados na delação de Paulo Roberto Costa.
Segundo o Ministério Público, "foi possível identificar um conjunto de pessoas físicas e jurídicas envolvidas em operações ilícitas, usadas inclusive para lavar dinheiro de crime praticados contra a Petrobras".
Costa foi preso durante a deflagração da operação pela Polícia Federal, em março. A Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. O esquema seria comandado pelo doleiro Alberto Youssef, também preso na operação, que teria vínculos com Paulo Roberto Costa.Youssef também firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Delação premiada
Pelo acordo de delação premiada, Costa denunciou políticos que teriam se beneficiados de um esquema de pagamento de propina em contratos da Petrobras com outras empresas. O acordo foi homologado porque a Justiça avaliou que o ex-diretor colaborou com as investigações. O teor dos depoimentos é sigiloso para resguardar as investigações, a integridade do delator e as pessoas eventualmente denunciadas por ele.
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