sábado, 14 de setembro de 2013

NASCIMENTO E VIDA DO PROFETA ISAIAS







O profeta Isaías, teria vivido entre 765 a.C (nascimento em Jerusalém) e 681 a.C., Séc. VIII e VII, durante os reinados de Ozias, Jotam, Acaz e Ezequias, sendo contemporâneo à destruição de Samaria pela Assíria e à resistência de Jerusalém ao cerco das tropas de Senaqueribe que sitiou a cidade com um exército de 185 mil assírios em 701 a.C.


Isaías, filho de Amoz, era de família nobre e homem de elevada cultura e exerceu o seu ministério no reino de Judá, tendo-se casado com uma esposa conhecida como a profetisa que foi mãe de dois filhos: Sear-Jasube e Maher-Shalal-Hash-Baz.


O profeta Isaías tem o seu livro classificado na secção dos “profetas maiores” do Antigo Testamento, sendo considerado O MAIOR DE TODOS. Tal classificação deve-se à extensão dos escritos, assim como diante do conteúdo de suas mensagens, para além da sua pessoa. Várias foram as designações que lhe foram dadas, tais como “o rei dos profetas”, “o profeta messiânico” e “o profeta evangelista”. Seu livro é considerado por alguns como “a Bíblia em miniatura”.


O capítulo 6 do Livro informa sobre o chamado de Isaías para tornar-se profeta através de uma visão do trono de Deus no templo, acompanhado por serafins, em que um desses seres angelicais teria voado até ele trazendo brasas vivas do altar para purificar seus lábios a fim de purificá-lo de seu pecado (isto no ano em que morreu o rei Ozias – 740 a.C.). Então, depois disto, Isaías ouve uma voz de Deus determinando que levasse ao povo a Sua mensagem.


Focando em Jerusalém, a profecia de Isaías, na sua primeira metade, transmite mensagens de punição e juízo para os pecados de Israel, Judá e das nações vizinhas, tratando de alguns eventos ocorridos durante o reinado de Ezequias, o que se verifica até o final do capítulo 39.
A outra metade do livro (do capítulo 40 ao final) contém palavras de perdão, conforto e esperança.

O cumprimento da profecia é uma das provas mais fortes de que a Bíblia é inspirada por Deus e que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. O Novo Testamento cita e aplica mais textos do livro de Isaías do que de qualquer outro profeta do Antigo Testamento. De facto, Isaías é muitas vezes referido como o "profeta messiânico", por causa das muitas profecias dele que se cumprem especificamente em Cristo. E ele escreveu essas profecias mais de 700 anos antes do nascimento de Jesus.
O propósito eterno de Deus foi descrito como um "mistério" até ao momento que se revelou plenamente (Colossenses 1:26-27).

Não era um "mistério" no sentido de ser desconhecido por Deus, pois ele decidiu que o seu projecto de redenção residisse em Cristo "antes da fundação do mundo" (Efésios 1:4). Mas era um "mistério" simplesmente porque os homens procuravam "qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo, e sobre as glórias que os seguiriam" (1 Pedro 1:11).

Quando os profetas falavam do Messias vindouro, faziam muitas predições específicas que mostravam que a mensagem deles era da parte de Deus, não do homem. Além do mais, quando as predições específicas se cumprem, não resta dúvida da veracidade que Jesus é o Cristo.

Professias do Livro de Isaías e que se cumpriram:

C 7:14 S "A virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel" (Cumprimento: Mateus 1:18-23).
C 8:14 S "Ele . . . será pedra de tropeço e rocha de ofensa" (Cumprimento: Romanos 9:31-33).
C 28:16 S "Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada" (Cumprimento: 1 Pedro 2:6-8; 1 Coríntios 3:11).
C 22:22 S "Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi" (Cumprimento: Apocalipse 3:7; Lucas 1:31-33).

C 35:5,6 S "Se abrirão os olhos dos cegos" (Cumprimento: Mateus 11:5).
C 53:5,6 S "Pelas suas pisaduras fomos sarados" (Cumprimento: 1 Pedro 2:24-25).
C 53:9 S "Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte" (Cumprimento: Mateus 27:57-60).
C 53:12 S "Foi contado com os transgressores" (Cumprimento: Marcos 15:27-28).
C 25:8 S "Tragará a morte para sempre" (Cumprimento: Lucas 24; 1 Coríntios 15:54).

Deve-se pedir a todo judeu que afirma crer em Isaías como profeta de Deus, mas nega que Jesus é o Messias, que explique Isaías 53. De quem o profeta estaria falando senão de Jesus? Ao longo dos séculos, os judeus que rejeitaram a Jesus não procuraram um salvador sofredor, mas Isaías claramente descreve um Messias que seria sacrificado pelos nossos pecados. Ao lermos Isaías 53, devemos ser levados a chorar de gratidão por compreendermos melhor o amor de Deus manifesto no dom de seu Filho.

Isaías profetizou dizendo que seria "mui disfigurado, mais do que . . . outro qualquer" (Isaías 52:14). Quando reflectimos em algumas das atrocidades da guerra de nossos dias, essa declaração pode parecer questionável à primeira vista. Mas, quando nos recordamos de sua vida na terra do começo ao fim, não pomos em dúvida que as infâmias sofridas pelo Filho de Deus ultrapassaram o que qualquer outro homem jamais sofreu.

"Não tinha aparência nem formosura" (Isaías 53:2). Isso não trata simplesmente de seu aspecto físico, pois o Novo Testamento não nos diz nada a esse respeito. Mas ele abandonou a glória que tinha junto ao Pai por uma vida sem nada do que normalmente atrai as pessoas a seguir alguém, como riquezas e notoriedade política. "De Nazaré pode sair alguma cousa boa?" (João 1:46). "Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens" (Isaías 53:3). Nem mesmo o seu próprio povo o recebeu (João 1:11). A cruz não foi a primeira tentativa para matá-lo.


As autoridades judaicas tentaram várias vezes, mas não poderiam matá-lo até que sua hora chegasse (João 12:23-28). Era "homem de dores" (Isaías 53:3-4). Ele chorou por causa de Jerusalém, que escondeu assim seu rosto dele. Na noite em que foi traído, ele disse como sua alma era "profundamente triste" (Mateus 26:36-41). "Por juízo opressor foi arrebatado" (Isaías 53:8). Buscaram falsas testemunhas; três vezes Pilatos declarou sua inocência; e mesmo o ladrão na cruz disse: "Este nenhum mal fez".

Por isso, um dos capítulos mais marcantes do livro seria o de número 53 que menciona o martírio que aguardava o Messias:

"Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados". (Is 53:5)


Também profetizou a destruição das cidades de SODOMA e GOMORRA, (Isaías1:10 a 20).


Quanto à sua "morte" não se encontram registos, e, mais uma vez, encontramos esta informação na tradição rabínica, de que ele teria sido colocado dentro de um tronco de árvore para depois ser serrado ao meio. Contudo Ridderbos (1986, p. 10) argumenta que “de acordo com a tradição rabínica, Isaías sofreu o martírio pela espada, ou foi serrado em dois durante o reinado de Manassés. Contudo, estas tradições tendem a não ser dignas de confiança.
Da mesma forma, a referência de Hebreus 11;37 ao martírio de pessoas que foram serradas ao meio não é prova de que esta foi a sorte de Isaías”.

(?) - Segundo um livro “apócrifo” do século I DC, Vidas dos Profetas, escrito por um anônimo judeu da Palestina, o rei Manassés teria mandado serrar Isaías ao meio no ano 681 a.C.-

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