segunda-feira, 28 de setembro de 2009

GOVERNO INTERINO DE HONDURA DA UTIMATO DE 10 DIAS PARA ZELAYA SAIR DA EMBAIXADA BRASILEIRA

"Nós exigimos que o governo brasileiro defina a condição do senhor Zelaya em menos de 10 dias", disse o governo interino em comunicado. "Senão, seremos obrigados a tomar medidas adicionais". O comunicado não deu detalhes sobre quais seriam essas medidas.


O ultimato pedia que o Brasil decidisse se daria asilo político ao líder deposto, o que abriria caminho para que ele deixasse o país, ou se o tiraria da embaixada para ser detido pelas autoridades hondurenhas.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo que não cumprirá o ultimato e reiterou que as leis internacionais protegem a embaixada brasileira. Ele exigiu ainda desculpas de Micheletti.

"O Brasil não irá tolerar um ultimato de um governo golpista", disse Lula a jornalistas depois de participar da reunião de cúpula América do Sul-África na ilha turística de Margarita, região caribenha da Venezuela.

Lula, que havia afirmado anteriormente que o presidente deposto poderia ficar na embaixada pelo tempo que quisesse, alertou novamente contra uma eventual invasão do local por tropas hondurenhas.


"Se entrarem pela a força, estarão cometendo um ato que rompe com as normas internacionais", acrescentou o presidente brasileiro.

O Brasil pediu ante o Conselho de Segurança das Nações Unidas o respeito à sua missão diplomática, bem como suas dependências em Tegucigalpa. O Conselho condenou o assédio à embaixada brasileira.

A chancelaria hondurenha informou, ainda, que não permitirá o retorno dos embaixadores da Argentina, Espanha, México e Venezuela, retirados logo após o golpe, a menos que esses países reconheçam o governo interino.

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