Operação da PF contra governador do Distrito Federal assusta DEM
Extraído de: CORREIO DO BRASIL.
A Apreensão toma conta da cúpula nacional do DEM, depois da operação da PF para "coletar provas sobre suposta distribuição de recursos ilegais à 'base aliada'" do governo do Distrito Federal, segundo nota divulgada pelo Superior Tribunal de Justiça.
Entre os locais que foram alvo da operação "Caixa de Pandora" estava a área da residência oficial do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) e gabinetes de parlamentares do Legislativo brasiliense.
Segundo nota da PF, cerca de 700 mil reais, 30 mil dólares e 5 mil euros foram apreendidos na operação, além de computadores, mídias e documentos. Os 29 mandados de busca e apreensão foram realizados em Brasília, Goiânia e Belo Horizonte.
- Foram verificados, nas investigações, indícios de pagamento de recursos a altos servidores do GDF, por empresas que mantinham contrato com o Governo Distrital -, disse a PF por meio da nota.
As investigações sobre suposto repasse ilegal de recursos contaram com a ajuda do então secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal Durval Barbosa. Segundo a assessoria de comunicação do governo brasiliense, Barbosa foi exonerado do cargo nesta tarde após a deflagração da operação.
Em nota, o governo do Distrito Federal afirmou que "está se inteirando dos fatos e agirá com equilíbrio e o rigor que a situação exige". Disse ainda que "todos os servidores citados foram afastados de suas funções até a completa apuração".
- A determinação do GDF é contribuir com as investigações para a completa e cabal apuração dos fatos -, conclui a nota do governo do Distrito Federal.
O mandado de busca e apreensão cumprido na área da residência oficial do governo foi destinado ao chefe de gabinete de Arruda, Fábio Simão, ex-assessor do ex-governador Joaquim Roriz, disse uma fonte do DEM.
Arruda é o único governador do DEM que, segundo uma fonte do partido, deve divulgar uma nota sobre a investigação.
O governador já esteve envolvido em outro escândalo político, o da violação do painel eletrônico de votação do Senado, que o levou a renunciar ao mandato de senador em 2001.
O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou por meio de sua assessoria que "o partido concorda e apoia totalmente a decisão do governador Arruda de esperar ter acesso a todo processo para se manifestar. O Democratas espera que a apuração seja rigorosa e rápida".
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